terça-feira, 11 de agosto de 2009

esperando o inesperado!

Perdi minhas armas, meu amor
Meu fardo pesou ao ponto de me bambear as pernas
Me sufocou a não respirar
Fez-se peso ao ponto de me dobrar os joelhos
Perdi meus braços, querido
Meus dedos envergaram-se
Minhas mãos quabraram-se
Simplesmente meu peso fez-se tão insuportável que agora estou sem ação
Perdi o tato e o paladar, amor
Perdi minha força e meus sentidos
Tudo ficou tão enlouquecido que nada mais me importa
Por que hoje eu perdi tudo, meu bem
Perdi o que eu tive, perdi quem eu era
Perdi outro alguém
Alguns se foram, alguns estão aqui
Porém ninguém se faz mais presente
Me sinto só, meu amor
Me sinto um ninguém
Neste imenso vazio de vai e vém
Sinto que nada mais sou, nada mais diferencio
Nada mais do nada...
Sinto agora que não sinto...
Sinto agora um abismo envolto na fraqueza
Quero pular para fora, meu bem
Quero me safar...
Mas não há rumo, não há amanhã...
O que me resta?
Não me resta nada..
Espero um dia ver-te ali sentado
Pelo menos em minha imaginação
Continuo esperando o inesperado!

2 comentários:

Thaisse disse...

Amei... ♥

Ellen Fernandes disse...

Polly... é exatamente como estou me sentindo agora... acho que não tem como negar como somos parecidas, mesmo em mundo diferentes..