ѕєnѕαçõєѕ ∂α fαℓтα ∂є ѕєnѕαção

Por que liberdade causa saudade em meios tempos de agouro

Em meias horas de espera e eterna aflição pela espera de uma traição

Puro costume! Mal acostumada a dor e a perda de tudo que se ama

Ela simplesmente sempre espera pelo pior e nunca recebe o melhor de nada!

Tudo que se ama, desaparece

Ninguém a ama, todos somem e em um extremo momento de piscar os olhos: desapareceram!

A solidão repentina causa um desmoronamento emocional que abala seu estomago,

colocando-o a prova da própria inércia ao saltar o corpo num espasmo de choro que retrai sua alma!

Suas saudades passam despercebidas aos olhos de todos, pois nada demonstra

Pensa ser um pilar de concreto que nunca desabará nem se abalará com o mais forte dos ventos ou terremotos.

Seu coração tem o peso de um saco de pedras envoltas em cimento

Sua alma lhe pesa as costas e lhe faz andar enclinada à frente por medo de olhar para os lados

Sente tanto medo de perder mais do que já se perde diariamente que não sente mais prazer em ganhar

Toma como arma a dureza e a grosseria

Tem entre os dentes o ranger do ódio preso no coração frio

Tem como olhar a tristeza

E quando ela ama, qualquer coisa ou alguém, não demonstra apesar de ainda sentir

Pensa que nada pode valer a pena por que sua alma, sim, é pequena

Ela diminuiu com os anos, ela morreu com o passar de horas

Ela não suporta mais perder e nem ser sozinha

Ela carrega na boca a respiração de um peito carregado de tantos cigarros que engoliu ao tentar perder o gosto da derrota que prevalece em sua garganta

Ela tem como sonhos os piores pesadelos, pois nele ve as pessoas que ama e já se foram

Tem como bom dia o tapa

Tem como boa noite a frustração

Tem como passar de dias a escuridão de um quarto quente e vazio de almas

Tem no rosto um sorriso que é raro, pois nada é sincero nessa forma de felicidade

Carrega como fardo o silêncio

Carrega como amiga a solidão

Carrega no coração litros de sangue derramados por dores impossíveis de descrever

Tem como amor a música, a qual não pode ouvir no volume que aprecia

Tem como distração olhar a lua e as formas das nuvens

Tem como diversão sorrir de gatos que brincam na rua solitários na noite

Tem como compainha os 21 de um maço de cigarros

Transforma seus gritos em tatuagens

Transcorre no corpo o suor de caminhadas sem fim para ver pessoas que simplesmente não se importam

Tem em unhas vermelhas a esperança de ser notada

Tem nos lábios as marcas de mordidas em vão pelo nervoso que não pode ser mostrado

Tem dentro de sí, com certeza, a maior tristeza que uma pessoa pode carregar

Pois nasceu, cresceu, viveu, teve um futuro promissor, trabalhou, estudou, teve família...

E hoje não passa de um peso morto dentro de uma casa que caí aos poucos em meio a gritos ensurdecedores de reclamações alheias que moram dentro do seu desespero só.

Em resumo, hoje ela não passa de um nada!