
(17/01/04)
Olhos me perseguem pelo canto de uma casa antiga
E mais uma vez eu me desgasto com a vida
Mais um perfume que ficou em minha pele
E mais um abuso que se expele
Tristeza virou sobrenome
Do amor eu tenho fome...
O que é carinho sem interesse? Existe verdade?
Acredito em palavras, mas nelas há maldade
Sou como o nada observado pelo tudo que não tem significância
Como a pura inocência de uma criança
Eles me olham, me possuem e me descartam
Iludem, dão carinho e maltratam...
O sol me faz arder à pele e eles fazem doer meu coração
Minha alma sangra na esperança de ouvir isto numa canção
Por que?
Eu não suportarei mais chorar pelos mesmos motivos
Minha existência seria retratada em páginas em branco de livros
Minhas descendências não coincidem em meus atos
E lágrimas presenciam absolutamente todos os fatos
Os sábados são negros, os dias claros, mas com ares obscuros
Desejo apenas saber: quando se quebrarão os muros?
É uma sensação dolorosa, vivo estando morta
E nada bate em minha porta
Dói...Machuca...
Eu grito, sangro, choro, nada me ajuda...
Acontece somente comigo, não acontece com o amigo
Não entendo a vantagem de eu ser simplesmente eu!
Por que tudo aconteceu?
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