sábado, 3 de março de 2007

¢σηѕтяυçãσ

(06/04) Não tenho para onde fugir e nem onde me esconder As paredes têm ouvidos e podem me ver As portas trancam se por fora e me esquecem lá dentro E as janelas já me fizeram parte do esquecimento Os muros estão cada vez mais altos E os portões cada vez mais escassos O chão tenta me engolir a noite toda Mas nada contribui para que eu me esconda Perco-me dentre as salas Sou apenas mais uma voz que se cala Danço nas mesas que desdobram ao me ver E está escrito com sangue que não pára de escorrer Corto os braços e esqueço as paredes Nada aparenta, demonstra os sentimentos destes Sou apenas mais um cômodo vazio Inerte, desprezado, congelado com frio Faço me objeto ao passo que me torno um deles Sou um quadro invisível aos olhos daqueles... Torno me nada como sempre serei o nada Na casa sou apenas mais um degrau na escada Estou na melancolia de uma sala fria... Pois nada é como eu queria.

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