Sofro de demasiadas crises de identidade e possuo fortes tendências ao transtorno bipolar, passando em meio a devaneios, loucuras e acessos de raiva permanentes em algumas horas do dia, são sagradas determinadas crises e surtos, penso que nada pode me curar, pois essas sensações de loucura e perda do controle passam por algo que chamo de triagem da mente.
Insanamente me pergunto o por quê de tanta raiva em algumas horas e de tanta tristeza em sua maioria. Pois felicidade é algo que sinto somente quando tenho uma certa pessoa ao meu lado, caso contrário baseio minha felicidade em simplesmente ficar em silêncio, escrevendo e ouvindo músicas que tenham compatibilidade com meu estado de espírito. Não, eu não baseio minha dita felicidade na existência de outra pessoa, assim posso dizer que sim, depende dela tal sentimento, já que a mesma é a única que me faz sentir-se intensamente viva e não mais um pano velho jogado ao chão para ser pisado e usado em momentos de sujeira.
Tenho a constante vontade de gritar, de dar berros extremamente altos e sem término ou direção, sinto uma imensa vontade de cantar sem se preocupar com a afinação ou com o tom de minha voz já que o que realmente me importa é cantar bem alto para assim me sentir viva, sinto uma intensa vontade de ter ao menos uma hora de paz, silênico e solidão sem ouvir nem sequer os grilos cantarem e constantemente tenho problemas com seres humanos.
Seria então errado não gostar de pessoas e somente de pouquíssimas e raras?
Seria tão errado assim enjoar de pessoas e querer simplesmente ter contato com o mínimo possível delas?
Seria errado fugir da dita relação social que somos obrigados a ter desde o dia em que nascemos?
Por que seríamos obrigados a ter amizades, família, namorados e namoradas, patrões, empregos, uma vida social em suma importância?
Por que???
Alguém me responda, pois ainda não vi nenhuma lei que nos obrigasse a ter relações com humanos que não nos agradem, mesmo que eles sejam 99% da humanidade, não soube de nada que me impessa de ter contato com no máximo 4 ou 5 pessoas, e se alguém souber de algo que m obrigue a gostar de algum ser humano que não faça parte da minha minúscula lista de pessoas que valem a pena, favor me ligar, me escrever ou mandar um simples sinal de fumaça.
5 comentários:
Acho eu que não somos obrigados a nada. Pelo menos até segunda ordem. =)
Apenas acredito que devamos respeitar o espaço alheio assim como queremos que respeitem o nosso. Esta é uma das únicas coisas que considero obrigação; mas por uma questão de conservação do próprio bem-estar.
=*
Ah, Polly. Não se isole, vai. O ser humano é um ser social. Não conseguimos viver inteiramente sozinhos, por mais que tentemos.
Quanto à felicidade momentânea, procure senti-la com mais intensidade, agora que você sabe como é capaz de senti-la. Acretite em você.
Eu também tenho certas crises. Às vezes gostaria de viver sozinho como escritor, sem se preocupar com mais ninguém. Isolado em alguma casa de montanha, como fez J.D. Salinger.
Do mais, fique bem, Polly. Torço por você. Bjos!
Nem o amor nem a amizade devem ser compulsórios. Mas, sim, espontâneos, em todos os sentidos!
Belíssimo o teu texto!
Abraços, flores, estrelas...
Me apaixonei por sua casa... lugarzinho acolhedor seus textos são de facil identificação já que temos até mesmo pensamentos parecidos, com a diferença que você escreve melhor hehehe...
Tb não sou grande fã das pessoas sou adépto da filosofia de House: Everybory Lies.
PERFEITO!!!!!
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